17 March 2006

NocturnA

Na penumbra da noite desce
No espinho da Rosa cresce
No útero da vida sem cor
O Corvo esvoaça na dor

No rasgo da carne que sangra
Movimento sombrio que anda
Na tona da água carmim
Traços da essência sem fim

No gelo que arde sem calor
Na Rosa que cresce sem odor
No verde do tempo nocturno
A Alma que morre soturna

Vultos dançam ao luar
Gritos que rompem o ar
Uivos que alimentam
Os fogos que fomentam

Nasce do rasgo da morte
Aquela noite consorte
Na Alma cicatrizada
Daquela vida queimada.

2 comments:

Anonymous said...

Estou a estudar tudo isto muito atentamente... Qualquer dia imito-te tão bem que nem tu saberás distinguir os teus poemas das minhas imitações.:P
Beware!!

Aquilus said...

Meu caro amigo, aguardarei pacientemente esse teu rasgo de inspiração. ;)