05 March 2006

A distancia de um toque

Um vazio percorre a alma em curvas tresloucadas. Em cada esquina a voz assombra, a cada passo a imagem cega. A forma não é exacta, o conteúdo difuso. Salto ao som da electrónica, num anseio esperançoso do que está para lá. Mas nada chega até mim… Respiro fundo… outra vez… e a memória começa a falhar. A acuidade perde-se e a angústia penetra os poros da alma, e volto-me para dentro, na procura do que lá não está. A silhueta é difusa e transcende-se a si na indiferença de não existir.
A distancia era quebrada por um toque, mas este foge. Um passo me aproximo, mas sempre dois ele se afasta…

1 comment:

Anonymous said...

"Metade dos nossos erros na vida nascem do facto de sentirmos quando devíamos pensar e pensarmos quando devíamos sentir.
(J. Collins)"