29 June 2007

Sonolência

Na sonolência retardante das consequências físicas e psicológicas, encaixo na letargia do sonhar acordado.

Imiscuído num torpor vermelho encontro explicitado na atitude de alguns um aperto visceral. Consequência disso é o mau estar incluso numa qualquer dança de palavras e sons que ecoam no vazio do limbo sonhador. É assim a visita do amigo cortês ao reino da emoção.

15 June 2007

Look how the river spreads wide
In the inertia that calcifies
On top of the legionnaire
Someday, somewhere

Why do water creates rings
Struggling against the streams
Through the places she abhors
In the faces that eyesores

And yet the tranquility
Explodes in the vitality
Of anyone who kneels
Over the roses in the fields

For their thorns are entwine
With
the blood of the divine
The goddess of the Light
The Mistress of the Night


09 June 2007

Warmth

I’m warmed by Fire
In a natural desire
For what I’m seeding
The destiny is grieving

In mirrors of sapience
Through life’s decadence
The fulfillment of the universe
Under lightings of greatness

The starvation of thunders
In clouds
that slumbers
Diving in the crepuscular obscure
Carving their souls with nature

For the whispers are growing
And the rain is loading
The drooling
of the mist
In lascivious bliss

I’m warmed by Ice
As a deviant spice
For I have endure
The stars moor

08 June 2007

Contemplo o espanto da minha gente
De uma forma refractária,
Como se esperassem um gesto
Na imensidão do nada.

Devida ou perdida,
Era pura ilusão,
Aquela razão escondida
Algures na escuridão.

Mas os olhos enganam
Aqueles que querem ver,
De tal forma cantam
Não ouve quem se esconder

Vi em tempos em cassete
Agora
em DVD,
Uma história repetida
Forward é o que se vê.

06 June 2007

Vitrina

Larga é a fonte que jorra por dentro da vitrina, no outro lado do espelho daquela escuridão que angustia e reconforta. O vidro é fumado como a névoa matinal de uma noite de Dezembro. Fria e calculista onde os sentidos são imiscuídos pelas gotículas cristalinas em vítreo condensadas. O reflexo ri-se e o espelho antes condensado crepita em brilhos de carmim crepuscular.
Mas a vitrina é falaciosa e a sua
particularidade dançante recria os ritos dionisíacos que inebriam os sentidos do mais forte. É o reflexo do que não se é mas procura-se ser, qual fada verde escondida no fundo da garrafa de absinto…
É uma subrepção consentida, uma violação da mente de onde o prazer retira a sua energia e sobrevive.