30 July 2007

Absence

For I spoke truly
So that you
can understand
The animosity of ability
Earthly banned

Therefore we seek in pray
What can
not been achieve
The ornaments that slay

What freedom conceive

Abominate the scars
And the wisdom it brings

Upon
the fallen stars
Of our offerings

Forever blossoms
The cruelty of ignorance

In this dark horizons

Through that allegiance

27 July 2007

Heuristically evolved

Plenitude is sweep
In the face of the deep
According to the weed
Of our conscious creed

Doctrinate the crawls
For the myriads falls
Engraved in
sins
And our life begins

Sceptic is the mind
Deranged and aligned
Abhor and tremble
The forbidden but accessible

Heuristic is the knowledge
Ascetic to the ledge
The reaching for the entwine
The recognition of our crime

19 July 2007

A Melodia do Horror

Um pouco morbido e diferente do que é normal eu escrever... Mas foi o que se arranjou...

Do crepúsculo da humanidade
Gritam salvas de tormento

Sobre a gélida humidade

Suspira o sofrimento

Nascem monotonias
Nos corpos
salpicados
Cantam chagas fugidias

Em corpos laminados

Horror melódico
De um sadismo crescente

Histerismo
eufórico
Da morte emergente

Remoinho de corpos
Em torno da luz

Movem-se tortos

O retrato seduz

16 July 2007

Displacement

Closure is at hand
Ignobly it stands
In a marsupial way
In a
time of dismay

Deep insight the walls
An agony that crawls
Closed from the light
Stretching
to the night

Moving in circles instantly
Grasping and shading painfully
In a room full of emptiness
Abhorred
by happiness

But closure is at hand
Indulged in a Fang
Engraved in heavenly sins
Played by puppet strings

11 July 2007

A Serpente


Na rota do mercador errante, ali pelo deserto da escravidão humana, onde os seres vagueiam sem sentido como em busca de algo que não existe, desloca-se a serpente do universo. No seu trilho estes seres procuram uma resposta, não se consciencializando [ou mesmo entendendo] aquilo que surge perante os seus olhos. A serpente irradia uma aura carmim que se movimenta ao ritmo do seu andamento deslizante. O seu rasto é luminoso e brotam dele rebentos de rosas azuis. Passo a passo, em movimentos ondulatórios, o deserto vai sendo povoado por um verde rasgado.
Um dos seres escravizados agarra, sem sentido, uma gota de seiva do espinho da rosa e é envolvido pela vegetação que nasce da terra árida e [aparentemente] sem vida. Forma-se um casulo verde que contrasta com o amarelado desértico, crescendo à sua volta um oásis para todos aqueles perdidos no tempo e no espaço da escravidão tácita do vitupério da ignorância… Será um local de paz e harmonia, onde o conhecimento universal é transmitido nas folhas das árvores em caracteres que de forma misteriosa são compreensíveis para todos. É um pequeno mundo enclausurado e embebido em saber…

10 July 2007

Reflexo Cristalino

No sentido por onde o vento corre, naquela noite de luz crescente havia uma pequena fonte que cantava alegrias. O som ecoava por entre as esquinas das árvores, onde as criaturas assistiam hipnotizados. Era a dança das cores que reflectida no movimento da água cristalina marcava os impulsos das criaturas, ao mesmo tempo que as condicionava num transe psicótico. A vida estava suspensa num êxtase nocturno, onde os andamentos da mente se limitavam aos batimentos cardíacos. A fonte era o início e o fim da vida destes seres, a sua vida diurna deixou de existir pois quem começava a olhar para a fonte jamais conseguiria deixar de olhar… É o poder da lua reflectida na ondulação da água, daquela fonte onde o espírito da mãe natureza ficou eternizado na pedra feminina…

09 July 2007

O Sopro da Vida

Na pétala da rosa jaz a gotícula madrugadora da noite conturbada. É testemunha do sacrifício que trilhou as silvas daquilo que era sagrado [ou profano].

Foi no crepúsculo das gélidas nuvens, onde a lua grita a sua luminosidade minguante e das estrelas cavalga, em tons de fogo, o rasgante dos céus.

Na penumbra da floresta negra abrem-se os olhos sonolentos à medida que outros se fecham. Impera o silêncio, cortado aqui e ali pelo som estridente do acordar dos seus habitantes.

Por entre as sombras fugidias projectadas no chão escurecido, surge o reflexo etéreo da Árvore esquecida, a axis mundi. Nela está enclausurada a forma do ser, aquele que nascido do ventre dos deuses, lhe foi retirado o sopro da vida.

Agora é avistado um sinal de existência. Da obscuridade surge a luz intermitente ao som da respiração. Ela é de tal modo intensa que o verde reaparece na escuridão, cegando os olhos ainda sonolentos daqueles que despertavam do torpor diurno.

As protecções reagem contra a libertação: as silvas sufocam a Árvore, a dionaea [uma planta carnívora], coloca-se estrategicamente por forma a investir contra qualquer tentativa de fuga, bem como a Bohun Upas [ou a árvore dos venenos] se prepara para lançar o seu veneno, evitando que o ser se liberte.

Mas o prisioneiro tem aliados e a rosa crava os seus espinhos na árvore venenosa, de forma tão violenta que lhe rasga os troncos, despejando o veneno sobre a dionaea que sucumbe ao contacto directo do veneno.

O ser rasga a única linha de defesa que o separa da liberdade cortando as silvas com as mãos que libertam para o chão o sangue etéreo de um semideus. É desta forma que se liberta o ser e se reúne com os seus, deixando no local da sua clausura, uma poça de sangue que alimenta plantas e animais e devolve a vida à floresta negra…

06 July 2007

Books and Scrolls

The god of fire has returned
In a cloud that grasps the sky
The idol has burned
And poetry stands high

Like leaves through the wind
Pages written
in black
Crows became sinned
Crowned by the zodiac

Roses lay their thorns
Amid
ink and pens
The spirits mourns
Hiding in their dens

For the truth is blindfold
Revolving in spheres

Books and scrolls untold
Unleashed in tears

They perish in bookshelves
In a blasphemed room
Closed to
themselves
Slumbering in bloom

Glooming in candles
In mortuary streams
Bladed by cardinals
Gleaming in beams

02 July 2007

Sem Título

A questão nesta manhã nublada prende-se com a questão do “como fazer”.

Assim e daquela forma dá mais trabalho, no entanto tem-se mais segurança da sua correctude. A outra forma é mais célere, no entanto dá margem para erros e como tal, deverá ser adoptada somente em caso de extrema necessidade.

Enfim, ficamos exactamente na mesma no que diz respeito ao porquê e ao como, porque não há contexto nem qualquer indício do que seja.


Ainda efeitos da sonolência……

Divino enquadramento
Num pequeno tormento

Do relógio
saltitante
Da esfera secante

Momentos letárgicos
Em odores trágicos

A risada perdida

Da criatura adormecida