28 April 2008

Alimento

Crepúsculo de véus
Da vida encantada
A morte dos céus
Na alma queimada

Caverna de luz
Na rosa
estendida
A noite seduz
A entrada perdida

No lobo, do ventre
Cresce a discórdia
Na noite pendente
Narra-se a
história

Orquídeas em espiral
Entre corpos reais
Bebem corvos de sal

As feridas fulcrais

Onde a caverna se lamenta
Perdem-se gritos suspensos
Na escolha
da ementa
Vagueiam olhos imensos

Na busca do caminho
Dos deuses esquecidos
A Fénix faz o ninho
De ramos enternecidos

De sangue e esperança
A arquitectura é ramificada
No choro da criança
A vida é gerada

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