17 April 2007

A Realidade da Ilusão

Do ventre nascem histórias
Arrancadas das memórias
Daqueles dias de prantos
Arquivadas em
cantos

Na escuridão também há luz
Uma sombra que seduz
Uma lagoa sem
fim
E um veleiro de marfim

Oceanos de emoções
Onde se afogam ilusões
Nasce um novo ser
Em
virtude do sofrer

Na luz também há escuridão
Cavalgando num dragão
Uma montanha
em esfera
E um castelo de pedra

Abismos de sentimentos
Onde caem fragmentos
E alimentam o novo ser
Numa orgia de prazer

1 comment:

Anonymous said...

Abismos de sentimentos, onde caem fragmentos... sempre abismos, sempre fragmentos que caem, na perdição do nevoeiro... na penumbra dos meus sentimentos.
Desta vez sem metáforas: é a verdade nua e crua.

Oceanos de emoções? Sim, sempre! Sem dimensão, tanto em tempo como em espaço. Grande como só o oceano pode ser. Eternas como só a agua e o ar podem ser...

Onde se afogam ilusões? Não! As ilusões não têm dimensão, são etéreas, logo sem principio nem fim. Inequivocamente vivas, ubiquamente presentes.

E eu aqui, anónimamente presente.
Porque sabes quem eu sou.
E sabes que estarei sempre aqui, sempre.
J.