14 November 2008

Reencontro

Insana virtude daquela estrela carmim
Que se arrasta em fios de dor
Onde a noite encerra o seu fim
Em vénias de explícito despudor

Senti a vida a correr em leitos
De nudezes oprimidas em véus
Em continentes de estreitos
Honro a fauna dos céus

Uivo afogado em carpidos
Pelo dilacerante rasgo da concepção
Em mim os sonhos perdidos
Encontrados na imaginação

E o olhar recai sobre ti
Melíflua Vénus que me abraça
De que um dia fugi
E vivi na doce ressaca

5 comments:

Anonymous said...

Bonito, é para alguém em especifico?

Aquilus said...

Pois deverá ser...

Anonymous said...

para quem?

Aquilus said...

Para quem achar que merece... Para todos e para ninguém.

Anonymous said...

É difícil esta mágoa suportar,

Querer gritar, mas nada te dizer,

Cada vez mais ter de fugir do teu olhar,

Sem a ínfima hipótese de te sorrir.

Ver-te mal e fingir que não sei,

Tenho de ser forte, e eu serei!

Já não vou abrir as asas e voar,

Pois, em ti, não posso confiar.

Antigamente dava tudo para te ver feliz,

Mas tenho de cortar o mal pela raiz,

Apagar os pensamentos e esquecer as memórias,

Viver a minha vida e triunfar nas minhas glórias.

Tentarei então voar de novo como o vento

E desfrutar ao máximo cada momento.


Beyond the gate
J.