14 November 2013

Purificação


Cai a noite abraçada ao vento
Expiada nas constelações
A névoa envolta o momento
Com soturnas movimentações

Erráticos são os desaprumos
Embalados pela melancolia
Afagados pelos energúmenos
Na defunção da agonia

Em olhos sorridentes
E rebentos consubstanciados
Gritam-se ordens decrescentes
De crentes malfadados

Entoam-se cânticos joviais
Nas labaredas que turvam
E libertam os rios lacrimais

E as almas se purgam

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