O cinza pincela o horizonte
Rasga o céu a azul alumbrado
Esboça o trilho de Caronte
Do universo renegado
Iluminura de cor nascente
Deitada em branco celeste
Perdura a força existente
Cortada pelo vento agreste
Onde a pátria jaz reluz
O beijar reflexo do oceano
Sobre a lua que induz
A cegueira do tirano
Em masmorras de vitral
Habitam seres esculpidos
Na ilusão do normal
Saúdam os anjos perdidos
E nestes tempos tenebrosos
Reinam almas esquecidas
Gritam rios aquosos
E palavras enfraquecidas
E o tirano perdura
Na pobreza do ausente
Existência de amargura
Na depressão do crente
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