Não sei se este é o melhor comentário mas essa música fez-me lembrar este poema...
"Passei toda a noite, sem dormir, vendo, sem espaço, a figura dela,
Passei toda a noite, sem dormir, vendo, sem espaço, a figura dela, E vendo-a sempre de maneiras diferentes do que a encontro a ela. Faço pensamentos com a recordação do que ela é quando me fala, E em cada pensamento ela varia de acordo com a sua semelhança. Amar é pensar. E eu quase que me esqueço de sentir só de pensar nela. Não sei bem o que quero, mesmo dela, e eu não penso senão nela. Tenho uma grande distracção animada. Quando desejo encontrá-la Quase que prefiro não a encontrar, Para não ter que a deixar depois. Não sei bem o que quero, nem quero saber o que quero. Quero só Pensar nela. Não peço nada a ninguém, nem a ela, senão pensar."
Conheço a melodia da letra. Mesmo a letra sem melodia arrepeia na profundidade do inevitável... Todos temos (ou tivemos) um pouco de delírio. Ainda estes arrepios são ressonâncias.
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Não sei se este é o melhor comentário mas essa música fez-me lembrar este poema...
"Passei toda a noite, sem dormir, vendo, sem espaço, a figura dela,
Passei toda a noite, sem dormir, vendo, sem espaço, a figura dela,
E vendo-a sempre de maneiras diferentes do que a encontro a ela.
Faço pensamentos com a recordação do que ela é quando me fala,
E em cada pensamento ela varia de acordo com a sua semelhança.
Amar é pensar.
E eu quase que me esqueço de sentir só de pensar nela.
Não sei bem o que quero, mesmo dela, e eu não penso senão nela.
Tenho uma grande distracção animada.
Quando desejo encontrá-la
Quase que prefiro não a encontrar,
Para não ter que a deixar depois.
Não sei bem o que quero, nem quero saber o que quero. Quero só Pensar nela.
Não peço nada a ninguém, nem a ela, senão pensar."
Alberto Caeiro
Conheço a melodia da letra. Mesmo a letra sem melodia arrepeia na profundidade do inevitável... Todos temos (ou tivemos) um pouco de delírio.
Ainda estes arrepios são ressonâncias.
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