Circundado de afluentes de gelo
Anseio pela inspiração que espaça
Enraízo no tempo o desvelo
Sob a musa que abraça
Em seu suave pranto
Que acolhe e tormenta
Abro o mundo ao seu espanto
E a alma que intenta
Na romaria da silhueta
Fugidia e nocturna

Trilhado em rosas pretas
Cortejo que se esfuma
Mas sinto-me albergado
Sob a sua égide de veludo
Destituído e consagrado
Envolto em seu escudo